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17 de julho de 2013

Pinto da Costa

Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa (PortoCedofeita28 de Dezembro de 1937) é o 33.º Presidente do Futebol Clube do Portodesde 1982. É o dirigente desportivo com mais títulos do futebol mundial.
                                      


Biografia

Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa nasceu no Porto, quarto filho de José Alexandrino Teixeira da Costa (Porto, Foz do Douro, 9 de Junho de 1910 - Porto, Aldoar, 6 de Dezembro de 1977), Comerciante, e de sua mulher (Porto, Cedofeita, 15 de Novembro de 1932) Maria Elisa Bessa de Lima Amorim Pinto (MatosinhosSão Mamede de Infesta, 15 de Maio de 1913 - 14 de Novembro de 1997), que acabariam por divorciar-se poucos anos depois, dos quais nasceram outros cinco filhos: José Eduardo, Maria Alice e António Manuel, mais velhos, Maria Eduarda e Eduardo Honório, mais novos.
Jorge Nuno faz a escola primária no Colégio Almeida Garrett, tendo simultaneamente aulas particulares de Inglês e Francês. Aos 10 anos vai estudar para o Instituto Nun'Álvares, mais conhecido por Colégio das Caldinhas, em Santo Tirso, um colégio jesuíta. De regresso ao Porto, consegue o seu primeiro emprego aos 19 anos no Banco Português do Atlântico, onde foi colega de Artur Santos Silva. É mais ou menos por essa altura que inicia a sua ligação ao FC Porto como dirigente, mantendo contudo o seu emprego no banco e trabalhando mais tarde como vendedor de tintas e resinas, até passar a dedicar-se a tempo inteiro ao dirigismo. Publicou em 2005 a sua autobiografia, Largos Dias Têm Cem Anos, com prefácio de Lennart Johansson, presidente da UEFA entre 1990 e 2007. Dedicou-se a dirigir o Futebol Clube do Porto.

Vida Pessoal
                                                 
Ao regressar ao Porto após vários anos no colégio em Santo Tirso, Pinto da Costa reencontra a filha de um amigo da família com quem convivera na infância, Manuela Carmona Graça, nascida no Porto, Foz do Douro, a 15 de Abril de 1941, filha de Alberto da Silva Graça (Porto, Foz do Douro, 18 de Maio de 1915 - Porto, Paranhos, 2 de Outubro de 1975) e de sua mulher (Porto, Cedofeita, 18 de Maio de 1940) Noémia Armanda Branco Carmona (Chaves, 11 de Março de 1914 - ?, filha dum filho natural dum tio paterno do Presidente António Óscar de Fragoso Carmona), e apaixona-se. Após vários anos de namoro, em que Manuela se licenciou em Coimbra, em Educação de Infância e em Ciências Históricas, e prosseguiu estudos na Universidade de Karlsruhe, Manuela é convidada para trabalhar na Alemanha, onde consegue também um emprego para o namorado. Pinto da Costa, não querendo afastar-se do FC Porto, recusa a proposta e pede a namorada em casamento. Casam no Porto, Paranhos, a 6 de Abril de 1964 e o primeiro e único filho do casal, Alexandre Jorge Graça Pinto da Costa, nasce no Porto, Santo Ildefonso, a 26 de Abril de 1967.
Em 1985 Pinto da Costa conhece e apaixona-se por Filomena Morais, e em 1987 nasce da união a sua filha, Joana Morais Pinto da Costa. A 23 de Dezembro de 1997, com trinta e três anos de casamento e netos nascidos divorciou-se da mulher legitima, Manuela.
Já no século XXI separa-se de Filomena, assumindo o namoro com Carolina Salgado, que viria a terminar em 2005. Após uma separação conturbada de Carolina Salgado, em Outubro de 2007, Pinto da Costa casa com Filomena pela segunda vez, divorciando-se do novo em 2012.
Em 28 de Julho de 2012 casou-se no Brasil com Fernanda Miranda, 48 anos mais nova, oficializando a união de facto em que viviam há cerca de três anos. O casamento foi na cidade natal da noiva Touros .

                                                 

Dirigente  

É por influência do tio Armando Pinto, entusiasta de futebol que fora presidente do Famalicão, que Jorge Nuno Pinto da Costa começa a interessar-se por futebol. É o tio quem paga os ingressos do FC Porto x Sporting de Braga, o primeiro jogo a que Jorge Nuno, com 8 anos, assiste no Campo da Constituição, na companhia do seu irmão José Eduardo. Desde então não mais se desligou do clube, nem mesmo quando se encontrava longe do Porto, procurando sempre que possível ouvir o relato das partidas. Quando completa 16 anos, em Dezembro de 1953, a avó materna inscreve-o como sócio do FC Porto.
Após o regresso ao Porto, Jorge Nuno acompanha religiosamente os jogos do clube, sobretudo de futebol e hóquei em patins. Com cerca de 20 anos, é convidado pelo responsável pela secção de hóquei em patins para ocupar o lugar de vogal, e aceita. Em 1962 passaria a chefe de secção, cargo que viria a acumular com o de chefe da secção de hóquei em campo. Em 1967 passa a ser também chefe da secção de boxe, onde conhece Reinaldo Teles, na altura atleta da modalidade.
Em 1969, é convidado por Afonso Pinto de Magalhães a integrar a sua lista para as eleições desse ano como director das modalidades amadoras. Assim, Pinto da Costa assume pela primeira vez um cargo eleito no FC Porto, de 1969 a 1971. No final desse período, apesar de ter sido convidado por Américo de Sá a candidatar-se com ele, recusou o convite por considerar que o novo candidato deveria apresentar-se às urnas com uma lista totalmente renovada.
Em 1976, em conversa com um grupo de amigos e apesar de não se encontrar a desempenhar funções no FC Porto, alguns deles - boavisteiros - provocavam Pinto da Costa por o seu clube ter deixado que o futebolista Albertino, praticamente contratado, "fugisse" para o Boavista. Em resposta, Pinto da Costa disse apenas que "largos dias têm cem anos", decidindo nesse preciso momento - soube-se mais tarde, aquando da publicação da sua autobiografia - regressar ao dirigismo desportivo. Conversou com o presidente Américo de Sá e comprometeu-se a fazer parte da sua lista nas eleições seguintes como director do departamento de futebol.
Ainda antes das eleições, acertou com José Maria Pedroto, treinador do Boavista, o seu regresso ao FC Porto, onde já havia sido jogador e treinador. Em Maio desse mesmo ano, Pinto da Costa volta a ser dirigente do FC Porto. É com Américo de Sá como presidente, Pinto da Costa como director do futebol e Pedroto como treinador que o FC Porto consegue quebrar, em 1977-78, o jejum de 19 anos sem vencer um campeonato nacional. Apesar disso, o final da década de 70 é um período conturbado para o FC Porto, e Pinto da Costa e Pedroto acabam por deixar o clube em 1980.

Presidente          

Em Dezembro de 1981 as coisas continuam a correr mal ao FC Porto, e é então que um grupo de sócios se une com o objectivo de convencer Pinto da Costa a candidatar-se à presidência do clube. O "sim" demora a surgir, mas perante a insistência dos sócios Pinto da Costa acaba por aceitar, convidando Pedroto para voltar a treinar a equipa principal. Candidatando-se em lista única, Jorge Nuno Pinto da Costa vence as eleições de 17 de Abril de 1982, tornando-se o 33º presidente do FC Porto (ver a cronologia de presidentes do FC Porto no artigo relativo ao clube).1
No mesmo ano, o hóquei em patins do clube, que não havia vencido qualquer título desde a sua implementação em 1955, vence a Taça das Taças, arrancando para um período de ouro. Em 1984, o FC Porto chega à sua primeira final Europeia de futebol, na Taça das Taças, contra a Juventus, da qual sai derrotado por 2-1. Em 1987 vence a Taça dos Clubes Campeões Europeus e a Taça Intercontinental, e depois a Supertaça Europeia relativa à mesma época, já no início de 1988. A década de 90 seria gloriosa para o futebol portista graças à conquista de oito campeonatos, cinco deles consecutivamente - o Penta, feito inédito no futebol português. Já no século XXI o clube azul e branco aumentaria o seu palmarés internacional, vencendo a Taça UEFA em 2003 e a Liga dos Campeões em 2004 sob o comando de José Mourinho e a Taça Intercontinental do mesmo ano já comVictor Fernandez. No ano de 2009 conquista o segundo tetracampeonato da sua presidência e da história do clube, com a equipa sob o comando de Jesualdo Ferreira.
Em 2011, de regresso depois da sua condenação ilegal nas instancias da justiça desportiva  , viu o FC Porto conquistar a Liga Europa da UEFA de 2010-11, ao comando deAndré Villas-Boas, que viria a ser o mais jovem treinador de sempre a conquistar um troféu europeu e, também, o treinador com a transferência mais cara de sempre.
Apito Dourado
                                        
Em 2004 é aberta a operação Apito Dourado, no âmbito da qual são investigados possíveis crimes de falsificação de documentos, corrupção e tráfico de influências no futebol português. Entre as dezenas de arguidos figurou o nome de Pinto da Costa, que entretanto foi ilibado de todas as acusações de que foi alvo.
Em 2006 a sua ex-companheira Carolina Salgado lança um livro intitulado "Eu, Carolina", no qual acusa Pinto da Costa de vários crimes, sobretudo de corrupção de árbitros. O livro foi a base da reabertura de processos já arquivados no âmbito da operação Apito Dourado.
Em 2 de Junho de 2010 Pinto da Costa é absolvido de todas as três acusações de que foi alvo no processo Apito Dourado. 
Os casos que estiveram na origem do processo Apito Dourado foram também analisados pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional, no âmbito do processo Apito Final. A decisão da Liga foi de retirar 6 pontos ao FC Porto no campeonato da época 2007/08 e suspender Jorge Nuno Pinto da Costa do seu cargo de presidente da direcção da FC Porto, Futebol, SAD por dois anos. A decisão disciplinar e desportiva não teve idêntico desfecho no foro criminal, onde Pinto da Costa não chegou a ser pronunciado. A existência de recurso da sanção desportiva apresentado pelo FC Porto, Futebol, SAD, impediu ainda que o TAS (Tribunal Arbitral Europeu do Desporto) viesse a sancionar o FC Porto, Futebol, SAD, no âmbito internacional. Em Maio de 2011 a decisão que puniu o FC Porto e Pinto da Costa no âmbito do Apito Final pela Comissão Disciplinar da Liga foi considerada ilegal e, como tal, inexistente, tendo sido anulada pelo Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa.